Assédio, reprovações e perseguições: UFS Lagarto na berlinda e na mira da justiça

Além de agirem de maneira antiprofissional e antiética, as denuncias apontam que os métodos de ensino utilizados são arcaicos e que as notas e privilégios concedidos aos alunos estariam ligados ao relacionamento pessoal com docentes.

Após a divulgação das denúncias feitas por uma estudante da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe, no Campus Lagarto, diversas outras vozes se somaram corroborando que algo não está certo na instituição.

Tanto estudantes que preferiram não se identificar quanto outros que se manifestaram abertamente acusam alguns professores do curso de assédio e perseguição, além de agirem de maneira antiprofissional e antiética. Eles também afirmam que os métodos de ensino utilizados são arcaicos e que as notas e privilégios concedidos aos alunos estariam ligados ao relacionamento pessoal com os docentes.

Uma ex-estudante enviou uma denúncia grave, afirmando que essa situação acontece há anos e que muitos já tentaram suicídio. Ela também questionou por que a UFS não havia tomado providências antes, dado que algo estava errado, considerando a alta taxa de reprovação em determinados módulos, justamente aqueles onde os professores acusados de assédio atuam.

O que a UFS Lagarto tem a dizer sobre o assunto?

O repórter Laelson Correia, procurou o Campus Lagarto para saber os índices de aprovação/reprovação do curso de Farmácia nos últimos anos. O mesmo constatou que através do site da Instituição as informações são truncadas e imprecisas, tornando muito difícil conseguir os dados de forma clara.

Laelson conta em sua página do Instagram que ao buscar informações sobre as novas denúncias, retornou à assessoria de comunicação da UFS. No entanto, ele foi informado de que a posição da unidade permanece a mesma, conforme emitida na nota anterior, e nenhuma resposta adicional foi fornecida. Infelizmente, não houve resposta aos índices solicitados.

A direção geral do Campus está sendo pressionada por pais de alunos que irão ingressar neste ano, os quais estão bastante preocupados e demandam uma resposta mais efetiva e medidas concretas. Em relação a este assunto.

O Centro Acadêmico de Farmácia Alexander Fleming, do Campus Lagarto, emitiu uma nota de repúdio sobre o caso:

O Centro Acadêmico de Farmácia Alexander Fleming, tomou conhecimento na tarde desta sexta-feira(17) através das redes sociais uma denúncia de importunação sexual envolvendo um professor do Departamento de Farmácia de Lagarto (DFAL) e uma discente do curso. Informamos que tivemos representante deste Centro Acadêmico em reunião na qual também tomou conhecimento e estará adotando as medidas necessárias para esclarecimento do caso.

O CAFAF como entidade de representação estudantil dos alunos de Farmácia vem a público repudiar veementemente qualquer tipo ou tentativa de assédio e que estará acompanhado o caso para que possa auxiliar no que for necessário.

Reforçamos que o CAFAF se coloca à disposição de todos os discentes para receber ou intermediar qualquer situação que ocorrer na vida acadêmica, bem como levar adiante as demandas que por ventura venham surgir.

Concluímos que a discente será recebida pela equipe profissional do campus de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe.

Via Sergipe Hoje com informações do Repórter Laelson Correia