Gestão de Assisinho ignora licitações e aposta em contratos sem concorrência

Gestão de Assisinho ignora licitações e aposta em contratos sem concorrência
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A situação em Malhador é, no mínimo, preocupante para quem acompanha a boa prática da gestão pública. No 1º ano de seu 2º mandato, o prefeito Assisinho (PSD) parece seguir um padrão que dispensa a essência das licitações: concorrência ampla e busca pelo menor preço, como determina a lei.

Segundo dados apurados pelo jornalista Cláudio Nunes, a Comissão de Licitação do município pouco serve para realizar processos completos e competitivos. Os números impressionam — e não para o bem.

Durante toda a primeira gestão de Assisinho, entre 2021 e 2024, foram realizados apenas 11 pregões eletrônicos. Em contrapartida, houve 57 processos por inexigibilidade e 108 por dispensa de licitação, modalidades que, embora previstas em lei, são vistas com ressalvas pelos órgãos de controle, justamente por não permitirem ampla concorrência.

E 2025 já começa no mesmo compasso: 15 inexigibilidades e 20 dispensas só neste primeiro ano da nova gestão.

Embora o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) tenha a palavra final sobre as contas do município, o volume elevado dessas modalidades de contratação levanta sérias dúvidas. Afinal, por que tantas compras e contratações sem licitação competitiva?

A população de Malhador tem o direito de saber se o dinheiro público está sendo administrado com transparência e eficiência — ou se está sendo gasto sem o devido zelo que a lei exige.