Falta de transparência e má gestão financeira sob a presidência de Danniel afastam OAB/SE de sua força e independência

Falta de transparência e má gestão financeira sob a presidência de Danniel afastam OAB/SE de sua força e independência

Com gestão marcada pela falta de transparência, Danniel Costa busca a reeleição na presidência da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Sergipe (OAB/SE) sem, sequer, esclarecer denúncias de afronta ao princípio contábil da entidade, em razão de repasses injustificados em seu favor.

Além disso, a divulgação de um relatório que aponta um déficit de R$ 4,8 milhões, coberto pelo Conselho Federal da Ordem, colocou em xeque a credibilidade de uma instituição que, sob outros dirigentes, sempre foi superavitária.

Recentemente, a presidência da Ordem se negou a apresentar documentos para a realização de uma auditoria, corroborando a hipótese de que há inconsistências nas movimentações financeiras, incluindo o extrato do cartão corporativo e a celebração de contratos.

Segundo David Garcez, candidato a vice-presidente pela Chapa 5, tradicionalmente, o Portal da Transparência da OAB/SE é alimentado a cada trimestre, após o envio de informações para o Conselho Federal. Ele vê com estranheza a queda no volume de informações contábeis disponíveis no portal durante a gestão de Danniel.

Diretor-tesoureiro da gestão anterior, cujas contas foram aprovadas com louvor pelos Conselhos seccional e federal, David desafia a gestão a apresentar documentos que possibilitem a realização da auditoria.

“Deixamos todas as contas pagas e saldo de mais de R$ 1 milhão. Então vamos fazer um desafio: vocês auditam novamente e nós, com a apresentação dos documentos, fazemos auditoria nas suas contas, afinal, quem não deve não teme, e quem cala consente. Só não venha apresentar documentos na véspera da eleição”, afirma.

A fala do candidato vem em linha com outra constatação do relatório apresentado. Com base nas demonstrações financeiras de 2022, 2023 e 2024, o documento aponta o desrespeito ao orçamento dos anos em questão, assim como repasses financeiros ao presidente e ao tesoureiro da OAB.

Apesar de seus membros ocuparem cargos voluntários, a Ordem teria repassado mais de R$ 21 mil ao presidente Danniel Costa, sem a devida justificativa, e mais R$ 734 para seu tesoureiro.

Para grande parcela da advocacia sergipana, também chama atenção a inexistência de obras ou iniciativas de valorização profissional que justifiquem o gasto milionário. A impressão é de que, às escuras, a atual gestão atua em benefício próprio, sem a integridade que deveria reger a instituição, e afastando a OAB/SE de sua força e independência.

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