Julian Assange, fundador do WikiLeaks, é solto após acordo com os EUA

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, é solto após acordo com os EUA

O criador do WikiLeaks, Julian Assange, foi solto nesta segunda-feira (24). O ativista fechou acordo com a Justiça dos Estados Unidos e embarcou em um avião para sair do Reino Unido às 13h (no horário de Brasília) para um destino desconhecido.

“Julian Assange está livre”, anunciou o perfil oficial do WikiLeaks no X (antigo Twitter), na segunda (24). O fundador do site foi liberado da prisão de segurança máxima Belmarsh, em Londres, Reino Unido, após passar 1.901 dias encarcerado, segundo o post da página oficial.

“Este é o resultado de uma campanha global que abrangeu organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas”, disse o perfil.

“Isto criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado”, continuou.

O acordo com a Justiça dos EUA determina que Assange se declare culpado por violar a lei de espionagem do país. O ativista vai assumir a acusação criminal nesta semana em audiência nas Ilhas Marianas do Norte às 20h.

Após a liberação, Assange embarcou em voo no Aeroporto de Londres Stansted para um destino desconhecido. Espera-se que o ativista vá para a Austrália, país em que ele é cidadão, e deve se encontrar com sua esposa, Stella Assange, e seus filhos.

A esposa de Assange publicou um vídeo em que anuncia a abertura de uma vaquinha de emergência voltada para a ajudar na recuperação de saúde do ativista.

Quem é Julian Assange?

Programador, Julian Assange é um ativista procurado pelos Estados Unidos pela divulgação de arquivos militares secretos entre 2010 e 2011. No WikiLeaks, site fundado por ele em 2006, foram divulgados mais de 10 milhões de documentos, incluindo imagens de um helicóptero militar dos EUA que mostrava a execução de civis em Bagdá, capital do Iraque.

Desde 2019, Assange estava preso na Inglaterra, indiciado durante o governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O governo dos EUA queria julgá-lo pelo vazamento de 700 mil documentos oficiais.

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